segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Histórias escritas a partir de grandes obras de arte do Renascimento


 

História

“A Criação de Adão”

Capela Sistina

Michelangelo

 

Quando o Michelangelo terminou o fresco do teto da Capela Sistina, o Papa Júlio II, que tinha feito a encomenda, veio ver o resultado final e ficou durante horas, acompanhado pelos seus cardeais, contemplando o teto pintado da Capela Sistina.

O Papa Júlio II, ao fim dumas horas, chamou Michelangelo e disse-lhe que ele teria de refazer a pintura, porque este tinha pintado o painel da “Criação de Adão” com os dedos de Deus e Adão a tocar-se. O Papa Júlio II pediu a Michelangelo que alterasse a pintura de forma que os dedos não se tocassem e ficassem distantes, devendo o dedo de Deus estar esticado, e o dedo de Adão contraído.

O Papa Júlio II exigiu esta alteração ao pintor porque pretendia que a pintura passasse a mensagem que Deus está sempre presente, mas a decisão de procurar Deus é do homem, contemplando o livre arbítrio.

Michelangelo apesar de contrariado acabou por alterar a pintura, e tal pormenor foi determinante para a pintura no teto da Capela Sistina se ter imortalizado e se ter tornado mundialmente conhecida.

 

Miguel Ferreira, David Inácio, Lucas Serôdio, Lisandro Mucaji  8.º E

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Histórias escritas a partir de grandes obras de arte do Renascimento

 

A Última Ceia de Leonardo da Vinci

Certo dia Leonardo Da Vinci procurava inspiração para a sua próxima obra, querendo que fosse uma obra inovadora de modo que se mexesse com o mundo. No dia seguinte saiu à rua para ir comprar comida para o seu almoço quando encontrou um senhor católico, sentado no chão com a Bíblia na mão que lhe disse: 

 -Senhor, poderia ler este versículo para mim? Pois não tive capacidades para aprender a ler e necessitava mesmo de saber o que está aqui escrito. 

 - Claro, senhor! - afirmou Leonardo Da Vinci lendo a Última Ceia para o senhor. 

 Quando chegou a casa, começou a refletir sobre o que tinha acontecido e que para além daquele senhor havia muitas outras pessoas que queriam ler, mas eram analfabetas. Logo ele teve a ideia de criar uma obra em homenagem ao senhor que lhe pediu para ler o versículo sobre a Última Ceia nessa manhã e a todas as pessoas que não conseguiam ler. 

 No dia seguinte Da Vinci começou a sua obra, esta que demorou cerca de um ano para ficar terminada. Quando a terminou, foi ter com o homem que há cerca de um ano atrás o havia inspirado para lhe mostrar a homenagem, este chorou de emoção.  

 A obra tornou-se conhecida a nível mundial pela sua criatividade e pela sua homenagem tornando-se um símbolo importante para a igreja. 

 Mais tarde o Duque de Milão comprou a obra pertencendo hoje em dia à sua família. 



Luciana, Catarina, Carolina e Davi  8.º E

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Histórias escritas a partir de grandes obras de arte do Renascimento


A Pietà de Michelangelo



26 de março de 1498... 

No céu rompiam os primeiros raios de sol, atravessando a neblina espessa que de noite se havia instalado. A brisa fresca e estonteante da manhã batia-me na cara de forma implacável, como se lhe tivessem incutido a função de me acordar e ela fizesse questão de a cumprir. De facto, resultou, pois se havia em mim qualquer réstia de sono e cansaço, desaparecera por completo. Apanhei agora a direção da brisa gelada que me dava balanço, fazendo-me andar a passos largos até ao meu destino.  

Parei em frente à porta de carvalho maciço e fiquei a olhar para ela, tentando antecipar mentalmente o que poderia acontecer a seguir. Quem diria que o distinto Jean Bilhères se quisesse encontrar comigo nesta pequena capela. Não saber o porquê de ter convocado a minha presença deixava-me ansioso e a curiosidade fez com que abrisse a pesada porta e entrasse. 

Estava escuro, o ar era húmido e arrepiante. Através da ténue luz das velas que adornavam o espaço avistei um vulto. Ali estava o cardeal francês. 

Apressei-me a sentar a seu lado, não consigo encontrar palavras para descrever a inquietação que suportava dentro de mim. Bilhères contemplava a deslumbrante imagem de virgem Maria, que se encontrava ao lado do altar.  
Ao aperceber-se da minha presença, o cardeal, relatou, sem hesitar, o importuno acontecimento que vivenciou na sua capela. 
A sua prezada Nossa Senhora havia sido furtada...   
Subitamente, encontrei-me a questionar mais sobre o atentado, não conseguia conter as minhas palavras, mas foi deveras um momento oportuno. 
O seu olhar entristeceu, e, de repente, o silêncio propagou-se durante alguns segundos. 
Finalmente o cardeal decidiu prosseguir, e por fim, esclarecer a principal razão pela qual estava ali.  
Repentinamente o meu corpo paralisou, senti como se a temperatura estivesse abaixo de zero. Não podia crer no que escutava naquele momento.  

A arte sempre fora das minhas grandes paixões. Quando estou a desenvolver um novo projeto, é como se o mundo parasse lá fora, como se as pessoas se esquecessem de continuar os seus afazeres, como se o ar que as envolve congelasse e os seus pensamentos se dispersassem na neblina. Quando estou no processo criativo, só o meu mundo é importante. Sou só eu e a minha arte e essa é das melhores sensações que alguma vez já experienciara. Estava saudoso de a sentir outra vez, a criatividade que pulsava no meu coração, irrigando as minha veias e alimentando o meu cérebro, eu queria senti-la outra vez. 

Ao ouvir a proposta do cardeal, as palavras saíram-me de rompante e sem hesitações. Fiquei lisonjeado e não consegui esconder o orgulho que se fazia ouvir na minha voz quando aceitei. Com tantos artistas de renome nos mais variados cantos do mundo, Jean Bilhères confiou em mim, no meu talento, no meu amor à arte.   

Certamente que não o iria desiludir. Esculpir a Virgem Maria era uma imagem que me dava arrepios, mas que me fazia sorrir a alma. Levaria esta obra até ao fim com toda a estima e preciosidade, que farei questão de fazer refletir no coração do imponente e magistral bloco de mármore. 
Retirei-me da capela mais radiante que os belos raios de sol. Mas o meu prazer logo se desvaneceu, quando avistei uma sombra de uma mulher que ali rezava. 
As suas lágrimas deslizavam pelo rosto, os seus joelhos raspavam pelo chão, sussurrando algo, que, mesmo sendo imperceptível me fazia lamentar. Apenas depois de alguns instantes a encarar aquela obscura situação me apercebi, que no seu colo, a bela moça carregava uma pequena criança falecida...  
Cada sussurro, cada suspiro, cada lágrima fazia o meu coração apertar, mais e mais. 
Já conseguia alcançar a minha pequena moradia.  
Abanquei na minha confortável poltrona e tentei abstrair-me daquele momento que tinha presenciado. 
Procurei algo em que me pudesse inspirar, uma paisagem, um livro, uma imagem, mas nada me ocorreu.  
Encontrei-me, novamente a pensar naquela mulher. A minha mente não se conseguia distrair daquela visão. 
Subitamente recordei-me de uma fala que um sábio desconhecido me tinha confessado: 
A arte e a inspiração estão nos irrelevantes e minuciosos momentos e detalhes do dia a dia... 
Aquela mulher não se havia cruzado no meu caminho por acaso. Ela e a sua história são o diamante em bruto que espera por ser polido, o barro que espera por ser moldado, o mármore que espera por ser esculpido, até formar a mais inigualável obra-prima... 

E deste modo, Michelangelo iniciou a sua obra, levando como musa a dor sufocante de uma mulher que perde o seu primogénito. 

E assim nasceu Pietá, a preciosidade do Renascimento... 

 

Eva Mendes, João Torradinho e Marta Gancho 8º E


quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Histórias escritas a partir de grandes obras de arte do Renascimento!! A primeira, Mona Lisa de Leonardo da Vinci

 

História: 

Monalisa

Numa pequena vila em Itália, há muitos anos, existia uma misteriosa mulher chamada Isabella. Ela era conhecida pela sua beleza intrigante e o seu sorriso enigmático. Numa altura, um talentoso pintor local chamado Leonardo visitou a vila e ficou fascinado pela beleza única de Isabella. 

 

Inspirado pela sua beleza singular, Leonardo decidiu desenhar Isabella num quadro que capturasse não só a sua aparência, mas também a complexidade da sua alma. Ele esteve durante dias a fio na criação da obra-prima e não revelou só a mulher, mas também a história por de trás da sua cara. 

À medida que a pintura ganhava vida, surgiam detalhes que transcendiam a simples representação visual. Isabella, uma mulher de sonhos e expetativas, tornou-se a musa de uma história contada através dos traços que Leonardo fazia. 

A obra ganhou o nome de "A Senhora Italiana" e rapidamente se tornou famosa nos arredores da pequena vila. 

As pessoas maravilhavam-se com a expressão misteriosa de Isabella e criavam as suas próprias histórias sobre a origem do sorriso duvidoso retratado na tela. 

Ao longo dos séculos, a fama da pintura atravessou fronteiras. "A Senhora Italiana" atualmente conhecida como “A Monalisa” ou “La Gioconda” chegou a terras distantes, tornando-se um ícone reconhecido em todo o mundo. A cada observador diferente, a história ganhava uma nova versão, criando um legado duradouro que continuava a cativar as gerações até aos dias de hoje. 

Assim, a pequena vila Italiana tornou-se o berço de uma obra-prima que durou ao longo do tempo contando a história única de uma mulher comum que, através da arte, setornoueterna. 


Autores: Laura, Manuel, Zoe e Fernando - 8.º E


Um especial agradecimento à professora Eduarda que nos facultou os textos produzidos pelos alunos na sua aula.